Greve dos Caminhoneiros: Mercado da soja está parado no Brasil
No Brasil, o mercado da soja está parado. O fluxo de caminhões, principalmente para o porto de Paranaguá, foi interrompido pelos protestos - que já somam mais de 100 pontos de paralisação - e o produto não pode ser escoado. Além disso, as indústrias nacionais também estão paradas, uma vez que não recebem a matéria-prima para darem continuidade às suas atividades.
Segundo números da assessoria de imprensa do terminal, há cerca de 45 caminhões em seu pátio nessa manhã, enquanto a média, para essa época de pico da colheita, é de 900 veículos. "Todo o fluxo de caminhões está parado. Essa era a pior coisa que poderia acontecer", afirma Severo. O consultor explica ainda que, passado o movimento, serão necessários, no mínimo, dois meses para que a situação se normalize e os dias que foram perdidos sejam "recuperados".
A não chegada da soja nos portos atrasa também o embarque do grão nos navios. Há uma fila extensa nos portos - para algo perto de 5 milhões de toneladas de soja somente para a China, sem contar os demais destinos - e já começam a correr os valores chamados de demurrage, que é a multa de sobreestadia das embarcações. Hoje, esse valor é de US$ 15 mil por dia. São cerca de 50 navios ao largo.